Setembro é o mês em que todas as atenções se voltam aos cuidados com a saúde mental, incluindo a prevenção ao suicídio. Esse é um assunto que deve ser pauta o ano inteiro, principalmente em ambientes que foram considerados aversivos por tantos anos. Setembro amarelo nas empresas deve ser abordado, mas é importante saber como.
No Brasil, os casos de suicídio vêm aumentando. Segundo o boletim epidemiológico da Secretaria de Vigilância de Saúde, entre 2010 e 2019 o Brasil registrou 112.230 mortes por suicídio. Isso reflete em um aumento de 43% quando comparado o ano de 2010, com 9.454 mortes com o ano de 2010, com 13.523 em 2019.
Estes dados mostram como é uma situação alarmante e que devemos falar cada vez mais sobre o assunto. Neste artigo vamos entender um pouco mais sobre saúde mental, setembro amarelo nas empresas e como a TQI abordou este tema.
Como surgiu setembro amarelo nas empresas
Cada mês temos um assunto importante para falar e com ele, existem cores definidas. Apesar do mês de maio ter a cor amarela também – para falar sobre acidentes no trânsito -, o amarelo foi escolhido para tratarmos sobre prevenção ao suicídio por causa de um fato que ocorreu nos Estados Unidos.
Em 1994, Mike, um adolescente de 17 anos, se suicidou e para homenageá-lo os familiares e amigos distribuíram fitas amarelas com cartões alertando as pessoas a buscarem ajuda.
Os pais de Mike nem seus amigos próximos conseguiram identificar que ele não estava bem e isso ainda acontece muito, pois uma pessoa com ideação suicida nem sempre vai demonstrar comportamentos “fora do normal”.
No Brasil, iniciou em 2015 e a campanha tem duração de um mês. É importante ressaltar que o dia 10 de setembro é o dia mundial de prevenção ao suicídio.
Por que falar sobre saúde mental e suicídio é importante
Como apontamos no início do artigo, o número de suicídios, vem aumentando. E falar sobre o tema, além de prevenir, também traz mais conhecimento para as pessoas.
Afinal, ainda não sabemos lidar com transtornos mentais, muito menos com a perda de alguém querido.
Além disso, falar sobre prevenção ao suicídio é falar de saúde pública. Porém, como este assunto ainda é um tabu implica em abordagens melhores e uma sociedade pronta para cuidar de alguém que precisa de ajuda.
A informação precisa chegar para todos, somente dessa forma entenderemos que precisamos falar sobre isso.
No site setembro amarelo é possível tirar todas as dúvidas, além de disponibilizar uma cartilha que explica detalhadamente sobre o tema. Outro canal de comunicação para auxílio a população é o CVV, através de chama telefônica para o número 188.
Dessa maneira, nós da TQI, trouxemos uma abordagem diferente, com foco total na desmistificação sobre saúde mental.
Como a TQI abordou o tema setembro amarelo nas empresas
Primeiro é importante ressaltar que a TQI é uma empresa que valoriza seus colaboradores e que a pauta relacionada a saúde mental e tratada todos os dias do ano.
Justamente pensando dessa forma, entendemos que a ação do setembro amarelo deveria ser voltada somente para a parte interna.
É exatamente o que o depoimento da nossa Gestora de Pessoas e Cultura, Rosemeire Gullo diz sobre o assunto:
Desse modo, criamos um círculo de palestras e em envios de mensagens pelos canais de comunicação.
Trouxemos temas como: saúde mental masculina, escuta ativa, integralidade de saúde física e mental, e transtornos mentais. Abaixo, vamos falar um pouco sobre o tema e mostrar como foram os encontros.
Escuta ativa
A prática da escuta ativa salva vidas, além disso, é algo que podemos exercer, assim como o CVV — Centro de Valorização a Vida.
O CVV é uma associação sem fins lucrativos criada em 1962 e tem como propósito ajudar pessoas que estejam com ideações suicidas.
São linhas de telefone, chat e e-mail que funcionam 24h para atender mais de 3 milhões de ligações anualmente.
Uma conversa com os mais de 4000 voluntários ajuda as pessoas a serem ouvidas. Para falar sobre o tema contamos com a presença da Ana Paula que atua no CVV como plantonista.
Saúde mental masculina
As emoções masculinas merecem destaque quando o assunto é saúde mental. Principalmente porque a masculinidade foi construída numa sociedade em que o homem não pode demonstrar fraqueza, e isso é sinônimo de fragilidade.
Apesar de ter mais homens em busca de ajuda psicológica para desenvolver melhor suas emoções e se entender, ainda é um tema pouco falado.
Por isso, convidamos o psicólogo Leonardo Nogueira para conversar com nossos colaboradores.
Este foi um momento importante, afinal, falar sobre saúde mental dos homens ainda não é algo comum e a busca por ajuda também fica em segundo plano.
Integralidade da saúde física e mental
A prática de atividades físicas vai muito além de ter um corpo no padrão que nos é imposto diariamente. Tem muito mais a ver com a saúde e manter hábitos de vida saudáveis, por isso, a importância em cuidar integralmente do corpo e da menta.
E os benefícios são muitos, tem estudos que mostram a relação da saúde física com a saúde mental, bem como os benefícios para doenças como o Alzheimer.
Esse é um tema bem extenso e para falar sobre saúde física, tivemos uma conversa com a Dra Roseli Morais, fisioterapeuta.
Transtornos mentais
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que cerca de 350 milhões de pessoas têm depressão, transtorno mental que se encontra entre os 20 principais no mundo.
Esses dados acendem um alerta para nós, principalmente em relação ao modo de vida que temos. Estresse, alimentação, falta de exercícios físicos e a falta de uma rotina saudável, contribuem com o crescimento desses números.
Por isso, para prevenir o suicídio e buscar ou auxiliar alguém que precisa de ajuda é essencial entender sobre transtornos mentais.
E o principal: não é frescura, preguiça ou qualquer outro termo negativo, que geralmente associam aos sintomas de depressão.
Acertamos no tipo de abordagem, por serem temas que já ganharam certa visibilidade, e nosso propósito é protagonizar as pessoas que estão conosco dando ferramentas para saberem como agir ou até mesmo quando e como procurar por ajuda.
Outro ponto a levar em consideração é que ainda muitas pessoas não têm acesso a essas informações, então trazer conversas sobre CVV e com profissionais como psiquiatra e psicólogo se torna essencial para que estes assuntos estejam presentes na vida de todos.
Agora que falamos sobre setembro amarelo nas empresas, em especial aqui na TQI, entenda como funciona a carreira dos colaboradores TQI.