A pandemia adiou investimentos privados em automação dentro das empresas brasileiras, segundo uma pesquisa recente, mesmo que a aquisição de novas tecnologias seja considerada prioritária pela maioria dos gestores para a expansão nos negócios. Este cenário de estagnação momentânea aponta para uma janela de oportunidade das organizações em 2021 na busca por competitividade e inovação: quem investir melhor sai à frente dos concorrentes.
O último diagnóstico anual sobre automação do mercado nacional lançado pela GS1 Brasil, organização global que desenvolve padrões industriais universais, mostrou que 40% das companhias de Comércio e Serviços e 43% das indústrias tinham intenção de investir mais na robotização de processos em 2020, mas postergaram a aplicação de recursos para este ano.
Os números corroboram outro estudo, da consultoria Markenz, apontando que um terço das companhias quer aumentar os aportes no segmento em até 25% durante 2021. Sistemas de gestão de processos estão entre as prioridades.
O fato é que, se antes a automação era necessária, agora ela é urgente e, em alguns casos, indispensável para o crescimento sustentável da organização, seja como diferencial competitivo ou redução de custos.
Em alta
Mesmo com a contenção apontada pela GS1, o índice de automação nos ambientes corporativos pesquisados pela organização subiu 3% na comparação com 2019, acima da média dos últimos sete anos. É possível concluir que, sem pandemia, esse número seria consideravelmente maior. Os dados mostram, portanto, uma demanda latente por inovação tecnológica.
Embora todas busquem pelo mesmo objetivo, a estratégia muda conforme o segmento. Quando voltarem a concentrar esforços na modernização, Comércio e Serviços devem priorizar a linha de frente. Segundo o levantamento, 55% dos gestores pretendem direcionar investimentos para automatizar suas lojas. Na Indústria, o foco para a maioria dos entrevistados está na melhoria da eficiência na linha de produção.
O levantamento foi realizado com gestores de pequenas, médias e grandes empresas no Brasil, sendo 2.832 no setor de Comércio e Serviços e 1.980 indústrias, com margem de erro de 1,8% a 2,2%.
Uma lacuna na melhoria dos resultados
A pesquisa mediu ainda quanto alguns ativos tecnológicos fundamentais estão presentes nos processos rotineiros das empresas. Constatou, por exemplo, que 58% das companhias de Comércio e Serviços têm um sistema de gestão e somente 26% possuem ferramentas para gerar informação e rastrear o comportamento de compras do cliente, essencial principalmente para o marketing digital – nas indústrias, este índice cai para 10%.
O monitoramento das atividades dos colaboradores, outro fator fundamental para a otimização de tempo em setores como logística e transporte, por exemplo, representa outro ‘gap’ na busca por produtividade e eficiência no uso de recursos. Só 29% das companhias pesquisadas monitoram o trabalho de seus funcionários eletronicamente. Em Comércio e Indústrias, apenas 34% possuem dispositivos de gestão ou softwares de estoque inteligente.
É preciso ir além – e a evolução é hyper
Os dados deixam claro que as empresas ainda estão amadurecendo sua estratégia de automação. Porém, é preciso que elas se atinem, já no início, para o fato de que, mais que automatizar, elas devem priorizar a eficiência do processo automatizado.
Para isso, é imprescindível contar com ferramentas que aliam aplicações robustas e gerenciamento fácil e intuitivo. A hyperautomation, ou hiperautomação, vem atender a essa necessidade. Ela combina diversas tecnologias para a criação de um fluxo inteligente, eficiente e, principalmente, com visão end-to-end.
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Fernando Zei
Presidente da TQI